NewsVocê não é responsável pela felicidade dos outros, mas pela sua

20 de fevereiro de 2020
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Todas as pessoas buscam a felicidade. Aliás, pode-se dizer que a felicidade é o objetivo máximo de todo ser humano.  Como alcançá-la e o que tenha que fazer para isso depende de você.   E é justamente nesse ponto que há, muitas vezes, uma grande distorção. E o velho e conhecido ditado, “O caminho para...

Todas as pessoas buscam a felicidade. Aliás, pode-se dizer que a felicidade é o objetivo máximo de todo ser humano.  Como alcançá-la e o que tenha que fazer para isso depende de você.

 

E é justamente nesse ponto que há, muitas vezes, uma grande distorção. E o velho e conhecido ditado, “O caminho para o inferno é pavimentado com boas intenções”, pode fazer muito sentido.

 

Você pode estar se perguntando o que eu estou querendo dizer; pois bem, muitas vezes nos sentimos responsáveis ​​pela infelicidade ou felicidade das pessoas que amamos. Ações que proporcionam felicidade a uma criança ou ao cônjuge podem estar cheias das melhores intenções, mas não podemos negar que não há nada mais contraproducente do que isso, pelo simples fato de que você está colocando nas costas uma responsabilidade que não lhe compete e as muitas dores de cabeça que vêm junto.

 

É normal uma pessoa querer cuidar daqueles que ama e garantir que nada de ruim lhes aconteça, ou desejar livrá-los de todo sofrimento; não há nada de errado nisso. Exceto se você não souber colocar limite nessa preocupação e se tornar alguém complacente, fraco, e permitir que outras pessoas abusem de você a ponto de deixá-lo com ansiedade.

 

A felicidade dos outros não é responsabilidade exclusivamente sua

As maiores razões para parar de se preocupar com a vida dos outros ou de ficar encarregado pela felicidade dos outros, são por você ter assumido uma responsabilidade que não lhe compete, por isso prejudicar sua saúde e por você dever deixar as pessoas viverem suas próprias vidas e assumir as responsabilidades de suas ações.

 

Se não permitir que seus entes queridos vivam e aprendam, você estará tirando deles a possibilidade de evoluir e amadurecer.

 

Mas… você só quer evitar dores e conflitos

Voltamos ao mesmo ponto, embora as intenções sejam boas, nem sempre elas deixam algo de bom para as partes envolvidas. É verdade que é doloroso ver aqueles que você ama tristes, não dá para negar. Mas tentar a todo custo fazer com que sejam felizes traz tanta ansiedade quanto querer, com todas as suas forças, evitar conflitos.

 

O pior é que é um ciclo interminável, por vários motivos:

 

Você assume um fardo que não lhe compete.

As pessoas descarregam em você e o culpam se as coisas não saírem como o esperado.

Você vive com medo contínuo pelo que “poderia ser”.

O que você “ganha” quando escolhe assumir a responsabilidade pela felicidade dos outros?

O que se busca é reduzir seus altos níveis de ansiedade devido à necessidade de ser agradável com outros e, assim, evitar problemas.

 

Uma pessoa que sofre de ansiedade geralmente está mais preocupada com as coisas que poderiam ser. É preciso ter em mente que a ansiedade é um mecanismo de defesa adaptável que ajuda você a ficar alerta para situações que podem parecer ameaças.

 

Algo interessante é que, sendo um mecanismo de adaptação, todos nós o experimentamos, levando-nos a escapar, proteger-nos ou enfrentar a situação que gera estresse da melhor maneira. O problema é que algumas pessoas ficam fora de controle, e quando isso acontece, vivem em um estado de ansiedade constante que as deixa sobrecarregadas a ponto de tornar a vida cotidiana um desafio.

 

O exposto acima é o que acontece quando você quer fazer as pessoas felizes: evitar conflitos e, assim, livrar-se do estresse.

 

Como deixar de se ficar a cargo da felicidade de seus entes queridos?

A ansiedade gerada pela necessidade de cuidar da felicidade dos outros requer tratamento psicológico. Isso por se tratar de uma série de pensamentos, sentimentos e comportamentos que estão intimamente ligados e geram o sentimento de ansiedade.

 

A terapia geralmente usada é a cognitivo-comportamental, que ajuda a pessoa a “reaprender” a focar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos para reduzir a ansiedade que surge ao assumir uma responsabilidade que não lhe compete.

 

Apoie os outros, mas também pense em si mesmo

Ainda que, a princípio, pensar em si mesmo pareça uma atitude de total egoísmo, não é. É natural que, no início da terapia, você ache difícil enfrentar os pensamentos e sentimentos que surgem da necessidade de se responsabilizar pela felicidade dos outros, mas você deve ter força de vontade para enfrentá-los. E em vez de se preocupar apenas com os outros, comece a se cuidar.

 

O melhor momento para fazer isso é justamente quando o sentimento de ansiedade o domina: em vez de se preocupar sempre e apenas com os outros, assuma a responsabilidade que você tem sobre si mesmo.

 

Julgue o quanto é ou não apropriado assumir preocupações pela vida de seus filhos (por exemplo) e por seus erros. Eles são reais ou infundados?

 

Depois de chegar a uma conclusão acertada sobre o assunto, tente conscientizar-se de que você não pode assumir total responsabilidade pela felicidade dos outros. É necessário internalizar que, não importa o quanto você faça pelos outros, a felicidade constante não existe e sempre lhe escapará a possibilidade de fazer os outros felizes.

 

Agora, o que você precisa fazer é redirecionar suas ações. Primeiro, procure cuidar-se e se interessar por si mesmo; então, faça suas ações, em vez de serem agradáveis ​​para os outros, tentando deixá-los felizes, apesar de sua paz de espírito, que sejam destinadas a apoiá-los sem sacrificar a si mesmo.

 

Embora essa técnica seja melhor se for aplicada com a ajuda de um terapeuta, isso não impede que você tente colocá-la em prática. Por fim, os tratamentos psicológicos só funcionam se o paciente pôr as mãos à obra no que o terapeuta sugere.

 

É bom que você se preocupe com o bem-estar de seus entes queridos, mas é hora de se concentrar também em amar a si mesmo. E hoje é um bom dia para começar, vá em frente!

 

Fonte: Familia.com.br

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