NewsComo manter-nos serenos em tempos de epidemia e medo

13 de maio de 2020
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Contam que, em uma sala de aula, um professor mostrou uma laranja a seus alunos. Ele colocou-a na mesa e perguntou: “O que acontece se eu espremer esta fruta?” Os alunos responderam que sairia suco. “Suco de quê? “, perguntou o professor novamente. “De laranja”, eles responderam. “Não poderia ser suco de maçã ou de...

Contam que, em uma sala de aula, um professor mostrou uma laranja a seus alunos. Ele colocou-a na mesa e perguntou: “O que acontece se eu espremer esta fruta?” Os alunos responderam que sairia suco. “Suco de quê? “, perguntou o professor novamente. “De laranja”, eles responderam. “Não poderia ser suco de maçã ou de pera?”,  perguntou o homem insistentemente. Os estudantes disseram com toda certeza que não. “Por quê? “, perguntou ao professor ao final. “Porque a fruta é uma laranja.”

 

O exemplo parece óbvio, certo? E a historinha pode até parecer um pouco boba. No entanto, quanto pode nos ensinar se refletirmos sobre ela!

 

Quais sentimentos você tem experimentado nesta época de ansiedade diante da nova pandemia global do COVID 19 ou coronavírus? As circunstâncias nos “espremem”: há recomendações (em alguns lugares, ordem) para não sairmos de casa, as aulas e os eventos sociais foram suspensos… como você tem reagido? Perdeu a paz? Você estava entre as pessoas que lotaram os mercados com compras de última hora movidas pelo pânico? Você espalhou segurança, autocontrole, serenidade? Que tipo de “suco” você oferece aos outros?

 

O nosso “suco de laranja” é azedo?

Há uma maneira particular em que nós, que acreditamos em Cristo, devemos reagir perante a vida? Um código de comportamento específico para os cristãos? É isso mesmo. Há um, manifestado por Deus no Antigo Testamento, e validado e esclarecido por Jesus Cristo quando esteve fisicamente presente na Terra. No Novo Testamento, também podemos lembrar dessa orientação.

 

Uma pista sobre esse comportamento é encontrada na Primeira Carta aos Coríntios. Lemos: “De sorte que, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10:31 ).

 

Nosso comportamento deve ser diferente, por exemplo, diante da ameaça da pandemia de COVID 19 ou coronavírus? Sim! Neste artigo, queremos refletir com você sobre isso.

 

Para começar, por que essa angústia?

No Evangelho de Lucas, lemos: “Quanto a vocês, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos” (Lucas 12:7).

 

Estamos sempre nos braços amorosos de Deus. E, muitas vezes, expomo-nos a riscos muito maiores sem nem mesmo estarmos cientes. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, todos os dias morrem 3.014 pessoas de tuberculose, 2.110 pessoas de HIV ou AIDS, 392 pessoas de cólera; e ainda não foram atingidos esses números de morte diários por coronavírus, a níveis globais.

 

Para dar um exemplo que talvez nos faça olhar de outra perspectiva, “todos os anos há 3 milhões de mortes no mundo devido ao consumo nocivo de álcool, o que representa 5,3% de todas as mortes”. Isso significa que a morte está sempre lá, espreitando na esquina, onde, um dia, nós a encontraremos sem aviso prévio.

 

Certamente, o coronavírus nos coloca diante de um panorama iminente de infecção. Além disso, por ser um tema difícil de controlar e que está mudando seriamente nossa organização pessoal e familiar diária, ele nos coloca frente a frente com nossa própria fragilidade, e talvez seja o momento em que é necessário que os cristãos transmitam uma mensagem.

 

Os cristãos não temem a morte

“Por nada estejais ansiosos; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela coração e súplicas, com dação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7).

 

Em um comunicado à imprensa, o bispo Pascal Roland, bispo de Ars-Belley (França), encorajou seus fiéis com estas palavras desafiadoras:

 

“Deveríamos lembrar que em situações muito mais graves, as das grandes pragas, quando os meios sanitários não eram os de hoje, as populações cristãs foram descritas com medidas de oração coletiva, além de ajudar os doentes, dar assistência aos moribundos e no enterro dos que morriam. Em resumo, os discípulos de Cristo não se afastaram de Deus nem se esconderam de seus semelhantes, exatamente o contrário”.

 

Afaste o medo e renove a confiança em Deus

Se analisarmos na história do cristianismo, quando as pragas foram abundantes, religiosos e religiosas dedicaram suas vidas a cuidar dos doentes, como é o caso de São Roque, o santo francês que dedicou sua vida à cura dos sofredores da peste bubônica, que matou 30 milhões de pessoas somente na Europa no século XIV.

 

Essa epidemia global é a oportunidade para nós, cristãos, de criar à nossa volta um espaço de solidariedade, carinho, unidade, consideração e serenidade para com aqueles que nos rodeiam.

 

Além disso, é um espaço para renovar a conexão com nossos entes queridos, fazendo com que a convivência seja saudável, cortês e rica em gestos de carinho e consideração.

 

Nossa tranquilidade também nos protege

As ações externas são muito úteis para impedir a propagação desse vírus em nossas comunidades. Para segui-las, devemos seguir as instruções de nossas autoridades. Mas também há pequenas ações que podemos realizar internamente, que são de grande ajuda. Aqui estão algumas delas:

 

Orar ou meditar

Os hormônios do estresse reduzem a eficácia do sistema imunológico, portanto, dedique tempo à oração todos os dias.

 

Respirar

Se você se sentir alterado, tente respirar de forma a reduzir, pouco a pouco, o ritmo da respiração. Isso lhe trará serenidade.

 

Durma bem e coma de maneira saudável

O sono estimula o desenvolvimento de células T, que ajudam especialmente a combater ataques virais em nosso organismo. Uma dieta baseada com frutas e legumes também ajudará a nos manter fortes.

 

Avalie o que você deixa entrar em sua mente

Se funcionar para você, fique longe de mídias sociais, notícias e grupos do WhatsApp que possam roubar sua paz. Fique com o que o ajuda (conselhos práticos, instruções de autocuidado) e evite o que causa histeria ou pânico social.

 

Conecte-se com os seus

Aproveite a oportunidade de ficar fora da agitação social, de se conectar com os seus.

 

Recebemos uma maravilhosa oportunidade de nos aproximarmos de Deus, que é a fonte da vida, de nos lembrar de nossa fragilidade sem ficarmos assustados, pois sabemos que nossa pátria não esta, mas a celestial. Não permita que esses eventos roubem a sua paz, encha seu círculo interno com o fogo de Cristo que você carrega no coração. Anime-se!

 

Fonte: Familia.com.br

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