NewsEnfrentar o isolamento em tempos de coronavírus

6 de maio de 2020
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Vários países estão em situação de confinamento em casa para evitar o colapso dos sistemas de saúde, à medida que o surto de coronavírus progride.   Obviamente, essa situação está longe de ser normal para as pessoas, onde todo o seu estilo de vida é afetado. Os efeitos que isso tem a nível psicológico são...

Vários países estão em situação de confinamento em casa para evitar o colapso dos sistemas de saúde, à medida que o surto de coronavírus progride.

 

Obviamente, essa situação está longe de ser normal para as pessoas, onde todo o seu estilo de vida é afetado. Os efeitos que isso tem a nível psicológico são enormes, pois há várias situações que mudam e, para citar apenas algumas, colocarei o seguinte:

 

A rotina

A rotina provê uma estrutura que gera segurança. Nós sabemos o que devemos fazer; o que vem depois do término de uma atividade. Os tempos de descanso ou lazer também são claros. Na vida cotidiana, a rotina nos devora, fazendo com que nos falte tempo para descansar e ser criativo. Mas agora, ter “nada” de horários destinado ao trabalho e às atividades escolares pode causar efeito contrário, faz com que precisemos dessa estrutura.

 

Atividades fixas

As obrigações e responsabilidades podem gerar exaustão, como acontece com o trabalho e o estudo. Entretanto, não ter nenhuma responsabilidade pode gerar ansiedade, uma vez que essas responsabilidades são uma linha que delimita o “nada”. É sempre necessário ter em mente algo que contenha infinitas possibilidades.

 

Intercâmbio social

Há diferentes tipos de personalidade. Algumas pessoas recarregam as energias estando sozinhas e isoladas. Outras precisam de intercâmbio social. Seja como for, ambas as situações são necessárias para a sobrevivência. De maneira geral, no decorrer da vida as atividades são de âmbito social: escola, trabalho, convivência com a família. Depois, no momento de descansar, algumas preferem ficar em silêncio, outras escolhem encontros profundos de interação.

 

Nesse momento, as pessoas podem se sentir compelidas, pelas circunstâncias, a viver juntas sem quererem, ou, inversamente, podem se sentir isoladas quando precisam de contato humano. Elas podem ter a sensação de não poder escolher livremente o que precisam em relação ao seu intercâmbio social.

 

É importante enfrentar essas situações, procurando ferramentas e recursos que nos permitam sustentar nosso estado emocional da melhor maneira. Não apenas para a saúde mental, mas nosso sistema imunológico fica comprometido, podendo ser seriamente afetado. Para permanecer nas melhores condições de saúde possíveis, proponho várias ações:

 

  1. Estruture sua nova vida temporária

Essa situação atual de vida não é definitiva; no entanto, é longa o suficiente para exigir uma estrutura específica. Crie um cronograma com atividades específicas, as responsabilidades que você ainda precisa executar, além de outras atividades que considere convenientes. Se você mora com a família, faça um cronograma conjunto de atividades compartilhadas e outro individual. Isso dará certeza e estrutura ao seu dia a dia. Obviamente, você tem neste momento a dádiva da flexibilidade, use-a a seu favor.

 

Você pode incluir em sua programação um horário específico para limpar os controles, telefones celulares, interruptores de luz, maçanetas das portas e tudo o mais com o qual entrarmos em contato. Você pode lavar as mãos toda vez que houver uma alteração de atividade na programação que você estabeleceu.

 

2 Higiene, alimentação, exercício

Cuidado com o que você come, tome banho e se vista pela manhã. É essencial fazer atividades em que possa movimentar seu corpo. Para ter uma mente saudável, um corpo saudável também é importante. Comece – ou termine – o dia com um pouco de exercício. Para realizar atividade física, temos a grande dádiva da tecnologia, você pode colocar vídeos de algo que você gosta: pilates, ioga, exercícios, dança.

 

Se sua casa tiver escadas, você pode subir e descer por alguns minutos. Você pode sair para a garagem ou jardim para caminhar em alta velocidade, ou então correr. Se fizer isso no início do dia, tome um banho imediatamente e vista-se. Se fizer no final do dia, tome um banho e vista o pijama. É importante estar vestido durante o dia para gerar uma mudança na sensação de estar em casa.

 

Ficar em casa limitará sua atividade física, por isso é importante diminuir os açúcares e carboidratos em sua dieta.

 

E lembre-se de lavar as mãos.

 

  1. Reconheça e identifique suas emoções

Para administrar as emoções, é importante identificá-las. Você pode fazer isso em conjunto com quem estiver em casa. Se estiver sozinho com as crianças, poderá fazê-lo por ligação telefônica com outro adulto. Você também pode deixar escrito para outras pessoas ou para si mesmo.

 

Depois de ter uma noção clara de como você está emocionalmente, fica mais fácil saber o que precisa fazer. Se você estiver triste, pode precisar chorar um pouco. Pode ser que esteja irritado, então poderá optar por alguma atividade de maior movimento, como exercícios, limpar a casa ou mover os móveis. Se tiver medo, é importante citar quais são seus medos e procurar possíveis soluções ou informações que fornecem elementos para acalmá-lo.

 

Depois de identificar suas emoções, você pode procurar os mais novos, que estiverem sob sua responsabilidade, para ajudá-los a identificar as suas próprias. Se não souberem dizer, eles podem desenhá-las. As crianças processam o que lhes acontece por meio de desenhos e brincadeiras. Acompanhe-os. Ajude-os a identificar sua emoção e, com ela, sua necessidade.

 

  1. Se não puder sair, entre

Muitas vezes nos deparamos com a dificuldade de não conseguir sair quando, em geral, somos educados a fazê-lo. Comece aprendendo a voltar-se para dentro. Você pode fazer exercícios de meditação, pintar, escrever, compor uma música; buscar o silêncio contemplativo. Incluindo, conectar-se, através da oração, com esse ser supremo que represente esperança para você.

 

  1. Realização de projetos postergados por falta de tempo

A rotina muitas vezes nos consome e não nos permite realizar importantes projetos familiares ou pessoais. Algum livro que você deseja ler, uma parede para pintar, um álbum de família… São alguns projetos que você pode realizar neste momento, cuja oportunidade você pode receber como um presente.

 

  1. Conecte-se com os seus

É especialmente importante fortalecer os laços em épocas como esta. Escreva – seja por redes sociais ou cartas à mão – para seus familiares e amigos. Faça vídeo-chamadas; tente se conectar de outras maneiras com aquelas pessoas que são significativas em sua vida. Especialmente, procure se conectar com aqueles que você sabe que estão sozinhos agora, eles podem precisar de você.

 

  1. Tenha em mente que é temporário

Quando você começar a se sentir cansado, desesperado, lembre-se de que isso é temporário e que você retornará à sua rotina de antes. E respire, respire muito. Lembre-se de que era isso que você queria quando não tinha tempo para nada.

 

  1. Diante de uma crise de ansiedade, respire, medite, saia

Se você ou um membro da família tiver uma crise de ansiedade, faça exercícios respiratórios. Você pode encontrar, nas plataformas digitais, várias meditações que podem ajudar.

 

Saia para o jardim, para o pátio ou, se necessário, dê uma volta de carro com a janela aberta, mesmo que seja só para sentir que podem sentir o ar e que ainda tenham liberdade.

 

Talvez seja a hora de sair e comprar os suprimentos necessários – tente fazê-lo apenas uma vez por semana e justamente quando você precisar tomar um ar.

 

Outra opção é entrar em contato com alguém. Estar na companhia de alguém às vezes ameniza ou diminui a sensação de ansiedade.

 

Se estiver com outras pessoas isoladas, você pode pedir um abraço. Os abraços geram uma supressão no sistema nervoso. Um abraço com pressão suficiente e agradavelmente forte e prolongada diminui até o pulso, a frequência cardíaca. Ajuda a acalmar, mesmo que não seja agradável a princípio, é como um medicamento a ser tomado.

 

Procure ajuda profissional, se necessário. Muitos dão consulta on-line nesses tempos de crise.

 

  1. Recupere o aprendizado

Cenários diferentes geram experiências diferentes. Essas diferentes experiências também são acompanhadas por diferentes aprendizados. Recupere o que aprende todos os dias, o que funciona e o que não funciona. O que você aprecia e é grato nesta circunstância. O que você gostaria de fazer diferente quando terminar.

 

  1. Procure um significado

Quando, de repente, sentir que não faz sentido ficar confinado, informe-se novamente, observe os gráficos com o resultado desse isolamento. Encontre informações sólidas e fontes confiáveis ​​para ajudá-lo a entender o sentido disso tudo. Veja os efeitos positivos dessa nova realidade. Isso irá ajudá-lo a lidar melhor com a situação.

 

Isso vai acabar. A intenção é que se possa terminar nas melhores condições possíveis.

 

E você, que outras coisas você recomenda?

 

Fonte: Familia.com.br

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